Investimento em lojas: motor do retalho e da economia O investimento em lojas em Portugal atingiu máximos históricos em 2025, impulsionando o retalho, a economia e a experiência do consumidor. 23 jun 2025 min de leitura O investimento em lojas em Portugal está a atravessar uma fase de crescimento sem precedentes, consolidando-se como uma das principais forças motrizes do setor imobiliário comercial e do desenvolvimento económico nacional. No primeiro trimestre de 2025, o volume de investimento imobiliário no setor do retalho atingiu 383,5 milhões de euros, representando mais de metade do total investido em ativos comerciais no país. Este desempenho reflete não só a robustez do mercado português, mas também o interesse sustentado de investidores nacionais e internacionais em ativos de retalho, sobretudo em centros comerciais, retail parks e localizações de rua estratégicas. A dinâmica do investimento em lojas tem sido impulsionada por vários fatores. Por um lado, a procura por espaços comerciais de qualidade permanece elevada, com os retail parks e centros comerciais a registarem níveis quase totais de ocupação e um aumento significativo do volume de negócios. Por outro, a escassez de oferta em zonas prime, especialmente no comércio de rua em cidades como Lisboa e Porto, tem levado a uma subida das rendas, tornando estes ativos ainda mais atrativos para investidores à procura de rentabilidade e valorização. A transação de ativos de referência, como centros comerciais e portefólios de supermercados, tem contribuído para o aumento do volume de investimento, sendo que muitos destes negócios envolvem imóveis considerados prime, com elevada procura e perfis defensivos. O contexto macroeconómico favorável em Portugal, com uma inflação controlada, taxa de desemprego baixa e previsões de crescimento do PIB acima da média da zona euro, tem reforçado a confiança dos investidores. A estabilidade das condições económicas, aliada à valorização dos ativos imobiliários e à resiliência do consumo privado, cria um ambiente propício ao investimento em lojas e à expansão das redes de retalho. Além disso, a crescente integração de critérios de sustentabilidade e eficiência energética nos novos projetos e na requalificação de ativos existentes tem sido um fator decisivo para a valorização dos imóveis comerciais, alinhando o setor com as tendências internacionais e as exigências dos consumidores modernos. Apesar do cenário internacional ainda marcado por incertezas, nomeadamente conflitos geopolíticos e alterações nas políticas públicas globais, Portugal tem conseguido consolidar a sua posição como destino preferencial para investimento imobiliário comercial. Lisboa figura entre as cidades europeias mais atrativas para investidores, beneficiando de um pipeline robusto de novos projetos e de uma aposta crescente na reabilitação urbana e reposicionamento de ativos. No entanto, o mercado enfrenta também alguns desafios. A escassez de oferta em zonas de elevada procura, sobretudo no comércio de rua, pressiona as rendas e pode limitar a expansão de algumas marcas e operadores. Por outro lado, a digitalização do retalho e a necessidade de adaptação a novas tendências de consumo obrigam os investidores e operadores a apostar em inovação, experiência do cliente e integração de canais online e offline. A pressão para remodelação e modernização dos espaços comerciais é uma constante, sendo fundamental garantir que os imóveis respondem às exigências de eficiência, sustentabilidade e conforto dos utilizadores. Impacto na economia portuguesa e no consumidor final O investimento em lojas tem um impacto direto e significativo na economia portuguesa. Ao dinamizar o setor do retalho, contribui para a criação de emprego, o aumento da receita fiscal e o desenvolvimento das cidades, promovendo a revitalização de áreas urbanas e a melhoria da qualidade de vida. O crescimento do investimento atrai capital estrangeiro, reforça a confiança dos agentes económicos e potencia a inovação no setor, tornando Portugal mais competitivo no panorama europeu. Para o consumidor final, este investimento traduz-se numa oferta comercial mais diversificada, moderna e adaptada às novas tendências de consumo. A aposta em espaços de qualidade, com experiências diferenciadoras e maior proximidade, responde às expectativas de conveniência, autenticidade e sustentabilidade. No entanto, a subida das rendas em zonas prime pode refletir-se nos preços praticados, sendo importante garantir o equilíbrio entre a valorização dos ativos e a acessibilidade da oferta para todos os consumidores. O investimento em lojas em Portugal revela-se um dos principais motores do crescimento económico e da transformação do setor do retalho, com perspetivas muito positivas para os próximos anos. A capacidade de adaptação às novas exigências do mercado, aliada a um ambiente macroeconómico favorável e a uma aposta contínua na inovação e sustentabilidade, será determinante para assegurar o sucesso e a competitividade do setor a longo prazo. Fonte: supercasa.pt Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado